Mais uma grande obra contemporânea de um dos mais consagrados mestres da arquitectura nacional - Álvaro de Siza Vieira – o Museu Mimesis, situado na Coreia do Sul.
O museu apresenta uns volumes muito ondulados e fluidos que foram inspirados num gato com que o arquitecto se deparou no local. O Mimesis é um gato enrolado e também aberto que se espreguiça. Parece estranho mas pondo a imaginação a trabalhar basta ver e rever para percebermos o conceito do museu.
O volume é uma junção de dois paralelepípedos que se interligam através de uma curva delicada que nos apetece segui-la como que a ver onde ela nos leva. Toda a volumetria é muito sinuosa e é de notar a grande harmonia que transmite. No piso térreo encontram-se o espaço de recepção e distribuição, áreas de exposições temporárias e uma cafetaria/restaurante e necessárias infra-estruturas. Nas mezzanines estão localizadas as áreas administrativas, circulação e área de arquivo administrativo e instalações sanitários de funcionários. Todo o piso superior é um espaço expositivo.
O museu é construído em betão cinzento – a cor do gato – moldado, aparente, contrastando com o seu interior puro e branco nas paredes, tectos e mármores de Estremoz. Os caixilhos interiores são em madeira e vidro que conjugam com o mel da madeira de carvalho. No exterior as caixilharias são de madeira e aço pintado e vidro cristalino. O arquitecto sempre “trabalhou” muito bem a luz – quer a natural quer a artificial - e como não podia deixar de ser, é de notar o cuidado que teve ao estudá-la nos interiores das enormes salas em que os espaços são prolongados devido ao jogo de alturas dos tectos falsos.
A obra deve ter sido de difícil execução devido à sua grandiosidade e às suas formas complicada pois desenhar e construir um gato não é muito fácil e pode demorar anos e anos…
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