11 de junho de 2011

Fallingwater

Este vídeo está espectacular…percebe-se perfeitamente todos os pormenores da casa. Um vídeo sensível à arte…a arte da arquitectura e a arte da música! A união da beleza da arquitectura com a beleza da sinfonia…extraordinário! Deixo-vos aqui um pequeno resumo da história da casa e do seu conceito arquitectónico.
 
Considerada uma das mais famosas casas do mundo, a Casa da Cascata é uma residência localizada 50 milhas a sudeste de Pittsburgh, em Bear Run.
O edifício foi desenhado em 1934 pelo arquitecto Frank Lloyd Wright, considerado o introdutor da arquitectura moderna no seu país, e construída em 1936 no sudoeste rural da Pensilvânia. Foi construída no meio dum bosque, no interior duma propriedade da família.
O projecto procurou implantar a casa sobre a cascata, encontrando apoio nos rochedos sobre os quais o proprietário costumava apanhar sol. Ela foi erguida parcialmente sobre uma pequena queda de água, servindo-se dos elementos naturais ali presentes (como pedras, vegetação e a própria água) como constituintes da composição arquitectónica. 
A casa, construída em betão, é formada por terraços em consola de grande desenvolvimento horizontal e por uma torre em pedra que inclui a lareira e forma o centro compositivo da casa. Os vários terraços formam um conjunto de volumes suspensos no espaço, contrariando a densidade da vegetação envolvente. Ligam-se à escarpa através de tirantes que fixam nas rochas e das vigas que definem em simultâneo as guardas dos terraços.
Quase todas as paredes são em vidro à excepção dos núcleos portantes, revestidos por pedra rude e pequena que contrasta com o acabamento liso e suavemente arredondado dos balcões cor de pêssego.
O interior da habitação desenvolve-se em torno da sala de estar central que apresenta várias expansões e evoca o ambiente de uma gruta pela presença, no pavimento, dos afloramentos rochosos.
A imagem simples e extremamente unitária do edifício esconde a profundidade das opções conceptuais e construtivas presentes. Representa o culminar do ideal wrightiano da casa integrada na natureza, respondendo à vontade de uma arquitectura que exprimisse vitalidade e fusão de estrutura, função, espaço e imagem por inspiração nas formas naturais.
Os muros em pedra, as lajes suspensas e a escada que da sala conduz junto à superfície do curso de água procuram a comunhão e a aproximação entre construção e terreno e, logo, entre o espaço humano e a natureza. Este conjunto de características transforma o edifício no paradigma da arquitectura orgânica de que Wright foi o expoente máximo.
Originalmente utilizada como residência de veraneio da família, a casa hoje é um museu.

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